sábado, 28 de agosto de 2010

Sampaio e outros militares

O Coronel José Diaz, aproveitando-se de uma brecha aberta na frente argentina, arroja seus esquadrões sobre a Divisão Encouraçada e, num terreno fofo, de pântanos e de paus, soldados de Sampaio resistem e morrem, mas não cedem um palmo. E foi essa bravura serena que decidiu a vitória. Incontinenti o Coronel Deodoro da Fonseca investe violentamente pela brecha, onde Diaz se mantinha à frente de 9 batalhões, fazendo-o recuar pelo menos 500 metros e nos primeiros minutos de fogo, oscila no estribo de seu cavalo branco o intrépido comandante da 3.a Divisão, um fio de sangue a escoar-lhe pela boca. Vem, o segundo ferimento, tão grave como o primeiro.
Sem conhecimento do fato, Osório, confiante na resistência de Sampaio e de Mallet, envia-lhes seu ajudantes-de-ordens Capitão Francisco Corrêa de Melo, com a ordem de resistência a todo o custo. Sampaio recebe-o coberto de poeira e de sangue comunicando: "Capitão, diga ao Marechal Osório que estou cumprindo meu dever, mas como já perdi muito sangue, seria conveniente que me mandasse substituir." E quando o Capitão Corrêa de Melo fazia continência para se retirar, recebe o brigadeiro o terceiro ferimento, mas ainda tem tempo, antes de perder os sentidos, de pronunciar estas palavras: "Diga ao marechal que este é o terceiro!" Antes de findar o dia a batalha estava ganha. Sampaio salvara o Exército Aliado e o ditador Solano Lopez perdera quase toda a sua tropa empenhada naquela frente.
Falece o Patrono da “Rainha das Armas” a bordo do transporte de guerra "Eponina", a 6 de julho de 1866, por ferimento recebido em combate, no território argentino, sendo seu corpo transladado para o Brasil a 20 de dezembro de 1869 .
O governo do Sr. D. Pedro II agraciou o Brigadeiro Sampaio, além da Medalha de Caseros, fita azul, com o grau de Comendador da Ordem da Rosa, de Oficial do Cruzeiro e de Cavaleiro de São Bento de Avis. A 19 de janeiro de 1940 foi dado o nome de "Regimento Sampaio" ao 1° Regimento de Infantaria, originário do Terço Velho de Mem de Sá, "cuja fama se perde distante, no silêncio dos tempos passados". Na 2ª Guerra Mundial, foi ainda lembrado o nome do Brigadeiro Sampaio, ao ser instituída a "Medalha Sangue do Brasil", para os feridos em ação contra o inimigo, na qual os três ferimentos do corajoso chefe da infantaria imperial estão representados por três estrelas esmaltadas de vermelho.

http://www.militar.com.br/modules.php?name=Historia&file=display&jid=102

Al. Marco - 07561 Turma 101

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